Lamento dizê-lo, mas não creio que isto funcione por várias razões. O Hg não facilita a redução ao retirar o óxido de alumínio (embora destrua o revestimento no processo, uma vez que entra em contacto com o alumínio, mesmo no ponto mais pequeno). A redução acontece porque o Hg é mais eletropositivo, o que significa que, uma vez feito o contacto com o Al, o Hg suga os electrões do alumínio, levando à oxidação do Al em Al(OH)3 (a lama que se vê na reação). Cria uma ponte para a transferência de electrões do alumínio para o seu produto, que é reduzido (recebe electrões).
Se não houvesse Hg, o alumínio autodestruir-se-ia de uma forma muito tempestuosa, gerando enormes quantidades de H2 num instante. A propósito, isto aconteceria sempre que não existisse uma camada protetora de Al2O3, uma vez que o Al é muito reativo e a camada de óxido é a única razão pela qual o Al pode existir no ar.
O pó de Al também teria uma camada protetora (óxido de alumínio - Al2O3) mesmo nas partes mais pequenas de Al. O problema com o Al em pó é que a reação se daria muito rapidamente e não seria possível controlá-la. Mesmo quando a folha é demasiado fina, torna-se bastante problemático, se não impossível, evitar que o alumínio seja consumido antes de o produto ficar reduzido. Imaginemos isto com a forma de pó, que se consumiria quase instantaneamente.